Busca local é um nicho não-explorado com potencial
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Jun 19, 2012
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Notícias sobre o que acontece na sua rua são um produto particular, mas precisa de um modelo de negócios que ainda é incerto.
Há alguns anos (aliás, vários), ao conversar sobre a variedade e extensão da Internet, um colega fez uma observação pertinente. “Consigo descobrir onde comprar tudo, menos o que tenho no meu bairro” . Era uma sensação verificada nos fatos: buscas não prmitiam saber exatamente onde o usuário estava e o anúncio na Internet era caro demais para micro e pequenas empresas. Fast forward para 2012. Um estudo do qual a ComScore participou mostra que a busca localizada é uma tendência confirmada. Então, que diabos as empresas estão esperando para desenvolver produtos com micropreços e sair para buscar esse microcliente?
O estudo da ComScore mostra que nos Estadis Unidos (que são um mercado mais maduro e por isso, um bom termômetro do que deve acontecer no Brasil em algum tempo), o mercado de buscas locais crescem numa taxa sólida (quase 150% nos últimos cinco anos). Isso já leva a alterações nos planos de marketing de produto, com a inclusão do fenômeno.
As ferramentas de geolocalização também ficaram muito mais precisas nos últimos dois anos, se aproximando em quase 100% do GPS (muitos aparelhos usam o cruzamento dos sinais de antenas de retransmissão para localizar o usuário). Isso, aliado à explosão do mercado de smartphones (no Brasil, crescimento de 84% em 2011 e previsão de 70% para este ano), mais à integração social através das redes e à preferência do consumidor por referências locais quando se trata de comércio local fazem desse novo recorte do mercado uma fatia imensa esperando para ser tomada.
A bola agora está com o mercado. O que poderia impulsionar fortemente a ciranda? Primeiro, o desenvolvimento de produtos para anunciantes de pequeno porte nos quais o risco se aproximasse de zero. O faturamento aqui é baixo por cliente, mas em grande escala pode trazer quantidades de receita consideráveis (o que dá uma boa vantagem para empresas maiores, que podem cobrir vastas áreas com seus serviços de busca e geolocalização).
Por exemplo: pacotes de resultados de busca patrocinados geolocalizadas onde o cliente só paga quando o usuário chega até o estabelecimento através da busca. Sistemas como o Google AdSense já facilitaram muito a contratação de serviços, mas ainda há muito a se explorar, especialmente para buscar anunciantes que não são tech-savvy, mas que podem ser muito beneficiados pelos usuários locais (pense numa região cheia de hoteis de negócios, com milhares de visitantes sem saber onde jantar ou fazer compras). Usuários de tablets e smartphones realizam uma compra quase 50% a mais do que usuários de PCs ou mesmo notebooks. Quem bolar um serviço onde o anunciante consiga facilmente delimitar a área onde quer atuar e o preço que pode pagar (onde a remuneração por anúncio é decidida pelo sistema de leilão na hora da busca) - tudo isso numa interface fácil e direta - deve abocanhar um mercado esperando para ser explorado.
Numa cidade como São Paulo ou Rio, por exemplo, a publicidade de massa (anúncio em jornal/revista/rádio/TV) não é viável para a maioria dos pequenos comerciantes nem tão efetiva como investimento. Contudo, com a economia crescendo, os gastos no setor de serviços tendem a aumentar e mesmo aquela ida a uma padaria ou chamar uma pizza são atividades que, somadas, movimentam bastante dinheiro. A oportunidade e as ferramentas estão em campo. Quem enxergar isso antes vai dominar o filão.